Salus animarum suprema lex

Se há uma lei eclesiástica, e uma autoridade aplicando-a, ou se declara sua nulidade ou se segue. Mas se a lei iniqua veio do mais alto escalão, qual o recurso?

A desobediência aos homens, que é obediência a Deus, só é desobediência na aparência. Se a Suprema Lex é a salvação das almas, é preciso salvá-las.

Mas salvar de que exatamente?

A resposta precisa ser clara! Salva-se de algo que põe em risco sua fé. A Missa Tridentina preserva a Fé, a Missa Nova não. Ergo, a luta não é pela sobrevivência da Missa Tridentina apenas, é pela morte da Missa Nova. E como as duas não podem conviver, essa luta já está ganha, basta os homens terem coragem de tomar as medidas necessárias. A cada novo dia haverá algo a mais para demonstrar o estado de necessidade, e negá-lo será a cada dia mais culpável.

SALMO 13

“Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?

Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?

Atende-me, ouve-me, ó Senhor meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça na morte;

Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar.

Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração.

Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.”

STATE ET TENETE TRADITIONES!

“Um católico não pode abandonar aquilo que a Igreja sempre ensinou e sempre fez. Não pode tampouco abandonar uma liturgia que remonta aos apóstolos, que se desenvolveu organicamente, sob a autoridade de tantos e tantos Papas, que se baseia de maneira límpida na natureza humana, para bem ordenar a nossa natureza ferida pelo pecado original. Um católico não pode abandonar uma liturgia que expressa de maneira clara, sem ambiguidades, sem respeito humano, sem equívocos, o ensinamento imutável de Cristo. As circunstâncias de tempo e de lugar, e as ideias dominantes em um determinado momento, não podem influenciar a liturgia, que se tornaria, assim, algo meramente humano, um produto fabricado pelas mãos dos homens, como dizia o Cardeal Ratzinger." Trecho do Sermão do Padre Daniel Pinheiro IBP.

"Somos a bigorna, não o martelo! Mas, reparai na forja. Perguntai ao ferreiro e ele lhes dirá: o que toma forma na bigorna não é moldado apenas pelo martelo, mas também por ela. A bigorna não pode golpear de volta, e nem precisa; só precisa ser firme e forte. Se suficientemente forte, firme e resistente, usualmente a bigorna dura mais que o martelo. Não importa o quão veementemente o martelo golpeie, a bigorna permanece com firmeza inabalável, moldando aquilo que está sendo forjado."

Trecho do sermão do Beato Clemens August Cardeal von Galen (9 de junho de 1941).